Se tem tantos pombos por aí, por que não podemos comê-los?

“Eu vejo muitos pombos pra todo lado. Tem cidades no mundo que eles são como pragas. Por que as pessoas não comem pombos? Eles não são comestíveis?” (Yan Paulo)

 

Yan, o pombo-doméstico (Columba livia) pertence à família Columbidae e desde da antiguidade era domesticado pelo homem a fim de servi-lo. No Antigo Egito, esses animais eram utilizados como mensageiros, pois além da sua capacidade de voo, são muito resistentes e possuem um excelente sentido de direção.

São animais encontrados em todo o mundo, com exceção as regiões polares, vivendo em bandos e podem viver entre 15 e 30 anos na natureza.  Quando uma população cresce com desequilíbrio, ocorre um controle natural através de transmissão de doenças dentro da colônias.

Algumas cidades são completamente infestadas por pombos e são nestes casos,  tratados como pragas. Em muitos casos isso acontece pelo ato das pessoas alimentarem esses animais, assim, estes deixam de viver na natureza para ficarem nas cidades onde terão uma fartura de alimento e assim aumentam o índice de reprodução, acarretando na superpopulação desses animais nas áreas urbanas.

Então, se existe uma grande quantidade de pombos nas zonas urbanas, então por que não se alimentar dos mesmos? Na verdade, os pombos são comestíveis sim, mas, por serem grandes propagadores de doenças como criptococose; Histoplasmose; Salmonelose; Ornitose; Toxoplasmose; alergias; Tuberculose avícola etc., recomenda-se que apenas o animal criado em cativeiro seja usado como alimento para seres humanos. Estes, criados exclusivamente para abate, são alimentados com grãos e tratados com medicamentos que controlam suas parasitoses. Em cativeiro, estes animais desenvolvem uma carne tenra e suculenta, é vermelho-escura e firme; lembra galinha caipira ou angola.

Na Europa a caça de pombos selvagens é bastante apreciada, inclusive para serem ingeridos.

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Na verdade, os pombos são comestíveis sim, mas, por serem grandes propagadores de doenças nocivas aos seres humanos. Foto: pixabay

 

Fontes: infoescola, usp e tuasaude

Este texto é de autoria da Bióloga Nayara Castro