Por que siris e caranguejos andam de lado?

“Por que os siris andam de lado?” (Adriano Rodrigues)

Andriano, tanto os siris como caranguejos são artrópodes da classe Malacostraca. Na verdade, todo siri também é um caranguejo, pois chamamos de “siri”, os caranguejos da família  Portunidae.

A principal diferença entre  caranguejos e siri , é que nos últimos, suas patas traseiras são achatadas, adaptadas para a natação. Logo, caranguejos e siris possuem a anatomia e fisiologia semelhantes, com exceção das pernas traseiras.

Esses animais possuem o corpo composto por partes articuladas através da união de articulações formando a carapaça resistente. Existe uma diversidade de espécies que variam seus habitats, podendo ser encontrados em manguezais, praias e no fundo dos oceanos. Também podem variar quanto ao tamanho, coloração e alimentação. Podem se alimentar de detritos encontrados na areia, serem onívoros (alimentando-se tanto de matéria animal quanto vegetal) ou se alimentarem de animais já mortos ou vivos.

Além da sua forma anatômica bastante particular, outra característica peculiar tanto dos caranguejos como dos siris é o seu modo de locomoção, pois estes “andam para os lados’’ e não para a frente como a maioria dos animais. Mas qual o motivo dessa locomoção diferenciada?

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Na verdade, todo siri também é um caranguejo, pois chamamos de “siri”, os caranguejos da família Portunidae. Foto: centrifugando

Siris e caranguejos locomovem-se assim devido suas articulações, pois ao serem flexionadas, as partas de um lado do corpo puxam o animal no sentido lateral e as do outro lado do corpo ajudam, empurrando o caranguejo para o mesmo sentido, ou seja, para o lado. Segundo especialistas, esses animais também são capazes de andar para frente, mas de uma forma mais lenta.

A vantagem evolutiva nesse tipo de locomoção para os lados está no tipo de visão. Seu caminhar específico facilita a fuga de seus predadores, já que os olhos são dispostos lateralmente.

Diferença entre caranguejo comum e siri. Foto: centrifugando

 

Fonte: mundoestranhoterra e vivaterra
Este texto é de autoria da Bióloga Nayara Castro