Pessoas que tem medo exagerado de serem enterradas vivas

Desde que o mundo é mundo, o medo existe. E ao contrário do que muitos acreditam, sentir medo não é ser covarde. Ele nos ajuda a evitar situações que podem nos oferecer perigo. Já imaginou uma pessoa não sentir medo de nada e se colocar em situações de perigo como saltar de um penhasco sem equipamentos ou se colocar de frente com uma onça sem proteção? Seria morte na certa!

O medo, assim como qualquer coisa em excesso, é prejudicial à saúde. Fobia é o nome dado para quem sofre de medo demasiado de alguma coisa.

Uma fobia um tanto quanto curiosa é a Tafofobia, no qual a pessoa tem medo de ser enterrada viva. Ser enterrado vivo muito provavelmente começou com um mito:  há rumores de que no século XIII, Juan Duns Scoto, filósofo e teólogo teria sido enterrado vivo. Seu corpo foi encontrado ao lado do caixão com mãos e braços cheios de sangue, por causa das tentativas de sair do caixão e se livrar de toda a terra que o cobria. Mas nada disso é comprovado, por isso é tratado como mito. Este medo também pode ter surgido devido a casos de pessoas com Catalepsia. A catalepsia é uma condição incomum. O cataléptico não consegue se movimentar, pois suas funções vitais estão funcionando, porém, de forma reduzida. O mais intrigante é que, apesar da pessoa em surto estar totalmente vulnerável, ela consegue perceber, ouvir, raciocinar e entender tudo que se passa a sua volta, mas não consegue reagir fisicamente. Isso causa um sofrimento muito grande ao cataléptico.

Pessoas com Tafofobia podem tomar atitudes extremas, como aconteceu com o primeiro presidente dos EUA, George Washigton morreu (14 de dezembro de 1799) que ordenou que quando morresse só fosse enterrado quatro dias depois, para ter certeza de que não seria enterrado vivo. Washington era tafofóbico e tinha pavor de acordar dentro de um caixão.

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A tafofobia ou tafefobia (em inglês, taphophobia) é uma neurose que se caracteriza pelo medo de ser enterrado vivo. Foto: threedonia

Fonte: medo

Este texto é de autoria do Biólogo Paulo Alex