Pesquisadores de Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio, juntamente com pesquisadores de Londres, estão desenvolvendo um bioinseticida a partir de um fungo encontrado nas folhagens da restinga no Norte do Rio de Janeiro. Foram encontrados 1.300 fungos, em que, 800 já foram catalogados e 36 plantas estão sendo estudadas.
As amostras das plantas coletadas na restinga vão para o laboratório onde se inicia a retirada dos fungos que são isolados, identificados, armazenados e selecionados para o teste biológico contra o mosquito transmissor da Dengue, o Aedes aegypti. Até o momento, um dos fungos catalogados apresentou resultado positivo para a pesquisa, diminuindo o crescimento das larvas do mosquito.
Os pesquisadores acham que uma das vantagens da pesquisa será a maior eficiência do bioinseticida, já que os mosquitos estão tornando-se imunes aos inseticidas químicos. Outro ponto positivo da utilização de bioinseticidas é a menor toxidade e não irá prejudicar o meio ambiente, diferentemente do que acontece com os produtos químicos. Além disso, o inseticida biológico poderá ser utilizado no combate de outras doenças como a febre amarela que é também pode ser transmitida pelo o mesmo vetor da dengue.
A pesquisa ganhou apoio da Universidade de Bath, onde cientistas iniciaram o sequenciamento do DNA de fungos encontrados na restinga do litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Estes estudos vem apenas comprovar mais uma vez a riqueza da biodiversidade encontrada no Brasil, que ainda precisa ser bem mais estudada, pois, com certeza, nosso país abriga uma vasta fauna e flora rica em bioativos ainda desconhecidos.
Fontes: g1 e crfrn
Este texto é de autoria da Bióloga Nayara Castro