Corações “mortos” são transplantados com sucesso pela primeira vez (vídeo)

Dois corações que ficaram “mortos” por mais de 20 minutos foram transplantados para pacientes australianos com sucesso pela primeira vez. Isso foi possível graças a um novo método de conservação. Com esse novo método é esperado que se possa aumentar em grande quantidade o número de órgãos aptos a transplante, diminuindo em 30% a fila de espera de pacientes.

Tradicionalmente os corações só podem ser obtidos quando há morte cerebral, mas eles ainda permanecem batendo. Se ele parar de bater, há falta de oxigênio, o que leva a morte de células e impossibilita o transplante posteriormente. Além disso o coração precisa ser colocado em gelo e levado até seu receptor em no máximo 4 horas. A distância geográfica muitas vezes impede o transplante, já que o receptor geralmente se encontra longe do doador.

São por esses motivos que cientistas australianos passaram anos desenvolvendo um fluido e uma bomba especializados em reduzir os danos para os corações “mortos” e aumentar a sua preservação. O coração quando colocado no novo sistema passa de azul para vermelho novamente, e começa a bater, o que é um bom indício de que funcionará após o transplante. Além disso a nova técnica dobra para 8 horas o tempo hábil para que se realize o transplante, fazendo com que o sucesso também aumente. Com a criação da máquina, muitas vidas serão salvas em países onde a morte cerebral não é considerada uma definição legal de morte, e para ser retirado o coração é necessário o corpo parar como um todo.

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Dois corações que ficaram “mortos” por mais de 20 minutos foram transplantados para pacientes australianos com sucesso pela primeira vez. Foto: joss

Dois corações que tinham morrido e depois foram revividos com máquina criada, foram implantados em dois pacientes que sofriam de insuficiência cardíaca. O primeiro foi implantado há dois meses em Michelle Gribilar, uma mulher de 57 anos de idade, de Sydney. Jan Damen recebeu seu coração cerca de duas semanas atrás, e informa que ele está se sentindo muito bem.

Assista parte do procedimento de transplante cardíaco.

Fonte: iflscience