Depois que os smartphones se tornaram a febre do momento, já foram acusados de fritar nosso cérebro, arruinar a postura e ainda corromper toda nossa linguagem… Mas agora, os médicos têm outro motivo para preocupação depois que um crescente número de pessoas passaram a apresentar alergia a celulares.
Em todo mundo existem relatos de pessoas que começaram a sentir coceira, vermelhidão e erupções nas bochechas e orelhas, que podem se estender até o queixo. A manipulação dos aparelhos também tem causado fortes reações nas mãos e agora, os especialistas acham que as pessoas estão desenvolvendo uma espécie de dermatite de contato pelo uso excessivo do telefone celular.
Um estudo sugere que as taxas de níquel, cromo e cobalto dos celulares principalmente as marcas Blackberry, Sansung e LG estão muito mais elevadas do que o aceitável. A dermatite atinge geralmente pessoas que já possuem alergia ao níquel, ou seja, aquelas que não podem usar bijuterias, cintos, relógios. Uma adolescente francesa desenvolveu erupções graves da pele do seio depois de manter o celular o dia inteiro no sutiã.
Nessas reações alérgicas o níquel funciona como o alérgeno (o causador da sensibilidade) e ao entrarmos em contato com ele criamos uma memória imunológica. Células chamadas linfócitos (um tipo de glóbulos branco), armazenam essa memória e têm capacidade de se “lembrar” do produto com níquel, produzindo anticorpos. Essa memória geralmente se forma logo nos primeiros contatos com o níquel e por isso causa lesões como bolhas, vermelhidão, coceira e outros sempre que um objeto com níquel entrar com contato com a pele, desencadeando uma dermatite alérgica de contato.
De acordo com as pesquisas 50% dos celulares BlackBerry, 75% dos Sansung e 70% dos Motorola apresentam altas taxas de níquel ou cobalto. Os Iphones e Nokias foram as únicas marcas isentas destes metais.
Fonte: telegraph
