Pesquisadores brasileiros encontraram na China fósseis de pterossauro que parecem o cruzamento entre um pelicano e as criaturas voadoras existentes no filme Avatar. O então batizado Ikrandraco avatar foi um réptil voador que conviveu com os dinossauros há 120 milhões de anos. O Ikrandranco tinha 70 centímetros, mas uma envergadura de 2,5 metros e as surpresas não pararam aí. Os pesquisadores se depararam com uma crista embaixo da mandíbula, e uma formação óssea na mesma região que se assemelha a um gancho.
Seu crânio sugere que os répteis voadores comiam algo como aves marinhas modernas, roçando a água para a alimentação com a ajuda de uma espécie de bolsa que existia na garganta. Além disso as cristas presentes embaixo da mandíbula serviam para manobrar durante os voos e captura do alimento, assim como as criaturas de Pandora faziam no filme Avatar. A presença de cristas nunca havia sido relatada em pterossauros, sendo que a encontrada no Ikrandraco parecia um abridor de garrafas, também servindo para uma base para tecidos moles, como as bolsas na garganta, semelhantes as dos pelicanos.
O novo gênero de pterossauros descoberto tem esse nome também como referência ao filme. Os personagens ficcionais do filme usavam “ikran” para se referir as montanhas, enquanto que “draco” significa dragão.
É sempre importante lembrar que apesar de conviverem na mesma época os pterossauros não são dinossauros. Eles são os primeiros répteis voadores com algumas características próprias. Os pterossauros em geral tinham o quarto dedo muito comprido e coberto por membrana que formava a asa. Além disso, a parede de seus ossos era finíssima, sendo que algumas tinham menos de dois milímetros. Desse modo, ficaram leves, o que os tornou os primeiros animais a voar batendo asas ao invés de planar.
Fonte: iflscience