“Por que sempre dizem que os nobres (reis e rainhas) têm o ‘sangue azul’? Por que isso, se todo mundo tem o sangue vermelho?” (Jeniffer Fátima)
A expressão “ele tem o sangue azul” se referindo a pessoas nobres vem sendo usado já a muito tempo. A origem da expressão tem várias hipóteses, que vem sendo discutidas durante algum tempo.
Os etimologistas (cientistas que estudam a língua) tem como principal hipótese que a expressão surgiu na Espanha no longínquo século VI. Segundo eles ela teria surgido num contexto de preconceito étnico, religioso e cultural. A expressão faria referência a cor clara da pele de pessoas de maior nível social, onde as veias e as artérias azuis se destacariam. Na pele de judeus e mouros que ficariam expostos ao sol o dia todo durante o trabalho, as veias e artérias azuis eram praticamente invisíveis.
Outra teoria diz que a expressão é ainda mais antiga e teve início no Egito antigo, onde os faraós diziam que seu sangue era azul como as águas do Rio Nilo, enquanto o de seus súditos seria vermelho. Há ainda quem diga que a expressão surgiu na Idade Média, onde os nobres para não cometer blasfêmias utilizam a palavra azul ao invés de Deus, quando proferiam a frase “Sangue de Deus”. Os criados ou plebeus que ouviam aquilo, começaram a chamar os nobres de sangue-azul.
É importante lembrar que qualquer ser humano tem o sangue vermelho, mesmo os que conseguem ver as veias e as artérias azuis sob a pele. A cor azul que enxergamos nas veias e artérias é explicado pela física. O sangue fora das veias consegue absorver todos os comprimentos de onda, menos o vermelho, que é a cor que ele reflete. Quando se encontra dentro das veias, o comprimento de onda azul não consegue penetrar da mesma forma que o vermelho, refletindo de volta para que os nossos olhos interpretem como o tom azulado que enxergamos.
Fontes: guiadoestudante e tecmundo
