Por que os bebês tem aquele barrigão quando nascem?

“Sempre quis saber porque os bebês tem aquele ‘barrigão’ quando nascem que ainda permanece nos primeiros anos de vida. Com quantos anos as crianças perdem aquela barriguinha estufada.” (Di Lua Rassen)

Assim como você, todas as mães se perguntam e buscam a resposta com o pediatra. Muitos apenas respondem que ter essa aparência é normal e com o tempo ela muda. Mas essa resposta não é satisfatória.

Os bebês têm aquele “barrigão” nos primeiros anos de vida porque literalmente não cabem em si. Alguns órgãos da criança, como o fígado, são proporcionalmente maiores do que os dos adultos. Por isso fazem aquele belo volume na barriga. Nos adultos, o fígado representa 2,5% do peso do corpo. Nas crianças, ele é até duas vezes mais pesado proporcionalmente e ocupa quase metade do abdome – começa abaixo do diafragma, se espalha por trás das duas costelas e ainda vai até um local pouco abaixo do umbigo. É espaçoso, mas merece. Nos bebês, o fígado ainda tem uma função extra: ajudar na produção dos elementos figurados do sangue, o que nos adultos fica a cargo da medula óssea.

Vale lembrar, também, que entre 1 e 2 anos, quando a criança começa a andar, tende a parecer “barrigudinha”, porque, nessa fase, a pélvis fica um pouco projetada para frente, já que a musculatura do abdome ainda não se firmou.

Se ainda assim, a criança permanecer com essa barriga grande é aconselhável procurar um pediatra. Se durante o exame clínico o pediatra não constatar nenhuma alteração, e a criança estiver com peso e altura adequados à idade, pode ser que ele requisite exames de fezes, para afastar a possibilidade de ser uma verminose. O que é comum nessa fase, uma vez que a criança passa a ter contato com o chão.

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Os recém-nascidos possuem aquele barrigão porque há pouco espaço para armazenar os órgãos (em especial o fígado). A partir de dois anos, melhora a disposição dos órgãos e a barriga fica proporcional ao tamanho da criança. Foto: Reprodução/kids-center

Fonte: crescer, babycenter e pepititababy

Este texto é de autoria do Biólogo Paulo Alex