Como os anabolizantes agem no corpo? Por que a pessoa fica musculosa?

“Sou muito curioso para saber como os anabolizantes agem no corpo. Pode ajudar?” (André G. Júnior)

O uso de anabolizantes entre frequentadores de academias e atletas vêm se tornando cada vez mais ‘normal’, seja pela busca rápida do corpo sarado ou para um melhor rendimento no esporte.  Os esteroides androgênicos anabólicos, ou anabolizantes, como são mais conhecidos, são drogas artificiais (produzidas em laboratórios), contendo um ingrediente específico que imita a ação da testosterona (principal hormônio masculino) no corpo. Podem ser de uso oral ou injetável, são conhecidos 20 tipos dessa droga.

Possui diversas ações no corpo, como aumento de água no interior das células musculares e aumento das atividades metabólicas das células. Nestes processos, ocorrem alterações na membrana plasmática (estrutura membranosa que reveste a célula) e por meio da osmose, a água que está ao redor das células acaba penetrando no seu interior. Por isso, o usuário fica com um aspecto de inchado, daí o nome popular: “bomba”.   Todas essas alterações causam danos ao corpo ao longo do tempo, como calvície, mudança de comportamento, disfunção no fígado, câncer, derrame, entre outras. Muitas vezes, esses danos são irreparáveis, podendo levar à morte. No entanto, os anabolizantes podem ter um lado positivo, quando usados sob prescrição médica, são indicados para quem sofre de osteoporose, na reposição hormonal e para quem possui deficiência de crescimento.

A busca do corpo “perfeito” ou melhor rendimento na malhação, pode ser alcançado com trabalho árduo e longo, com auxílio de uma boa alimentação, boa noite de sono e se possível com ajuda de profissionais da área (educador físico, nutricionista, endocrinologista).

anabolizantes
Uma vez dentro do organismo, os anabolizantes causam o inchaço das células pela penetração de água seu interior, fazendo com que elas cresçam e se destaquem. Foto: Reprodução/fisiculturismo

 

FONTES: musculacaoecia, mundoestranho e endocrino

Este texto é de autoria do Biólogo Paulo Alex