Este menino viveu toda sua vida dentro de uma bolha de plástico

Coisa de filme de ficção: David Vetter nasceu em 1971 e viveu todos os seus dias protegido por uma bolha de plástico. Toda sua trajetória de vida, foi amplamente acompanhada pela mídia e, pelo seu modo de vida, foi apelidado de “Bubble Boy” (menino bolha). Ele resistiu bravamente durante 12 anos sem nunca, absolutamente nunca, ter sido tocado pelos próprios pais.

David nasceu com Imunodeficiência Grave Combinada (SCID), um grupo muito raro de doenças potencialmente fatais em que a criança, já ao nascer, tem muito pouco ou nenhum sistema imunológico. Por isso, o organismo da criança é incapaz de combater infecções. Logo que nascem, os bebês já desenvolvem doenças como pneumonia, meningite e catapora e, muitos morrem nos primeiros meses de sua vida. Felizmente, hoje, as crianças nascidas com SCID já possuem uma expectativa de vida maior, tendo a chance inclusive, de fazer um transplante de medula e passar a fabricar suas próprias células de defesa.

Assim, nascido em Houston, no Texas, David foi forçado a viver em uma bolha de plástico estéril especialmente construída pela NASA desde o seu nascimento. Com apenas 20 segundos de exposição para o mundo, ele foi colocado em uma bolha de plástico isolador, pois os médicos acreditavam que David desenvolveria seu sistema imunológico depois dos 2 anos de vida. Mas não foi o que aconteceu. O organismo do menino nunca conseguiu fabricar suas próprias células de defesa. E os enfermeiros, médicos e seus pais só podiam o tocar através de luvas presas na bolha. Depois de entrar na “cabana de plástico”, ele nunca respirou no mesmo ar que nós. Todos os objetos, inclusive o ar eram totalmente esterilizados antes de entrarem na bolha.

Aos seis anos de idade, David pôde dar seus primeiros passos fora da bolha, graças à NASA, que desenvolveu uma vestimenta adaptada sob medida para que o menino pudesse ir ao jardim brincar com outras crianças. E finalmente, a mãe conseguiu, pela primeira vez pegar o filho no colo. David foi alfabetizando recebendo em casa uma professora particular que ministrava as aulas através da bolha. Aos 11 anos, o menino começou a sentir-se deprimido e pediu aos pais que o levasse para ver as estrelas como presente de aniversário.

David morreu em 1983, quatro meses depois de receber um transplante de medula óssea vindos de sua irmã. Este transplante foi uma tentativa de dar ao menino uma vida normal, fora da bolha. No entanto, apenas quatro meses após o transplante David faleceu por ter desenvolvido um linfoma (câncer no sistema linfático).

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A primeira vez que David saiu da bolha para brincar do lado de fora da casa!

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Somente depois de 6 anos, a mãe pôde pegar o filho no colo.

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David tendo aulas com sua professora particular.

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No hospital, antes do transplante de medula.

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Aqui com a mãe, aos 12 anos (1983), alguns meses antes de sua morte.

Fonte: CBS News