É verdade que o mel nunca estraga?

“Aqui em casa temos garrafas de mel compradas em uma apicultura que já duram mais de 5 anos. Sempre que abrimos uma garrafa, o mel continua perfeito. Por que ele não estraga como os outros alimentos?” Marina Teixeira

 Marina, as abelhas se especializaram na produção do mel ao longo de milhares e milhares de anos, por necessitarem de um alimento que fosse bem resistente a ponto de poder ser estocado nas colmeias por muito tempo. As técnicas que as abelhas desenvolveram consistem da retirada do máximo possível de água durante a fabricação. Para não estragar, o mel precisa de ter no máximo 17% de umidade para não fermentar. Mas outro ponto importante é que algumas leveduras não resistem a uma concentração de açúcar muito alto. Na composição de um bom mel, 90% dele é açúcar.

 O mel pode durar bem mais do que se imagina. A escritora inglesa Eva Crane registrou em seu livro (“O livro do mel”) que potes de mel com conteúdos intactos foram encontrados em escavações nas tumbas egípcias, construídas há cerca de 3 400 anos, em condições totalmente favoráveis para tal. É claro que em casa não tomamos certos cuidados e raramente temos um pote de mel de qualidade hoje em dia. Até porque, é muito raro conseguirmos reunir todas as condições favoráveis do mel e do ambiente para que isso aconteça. Assim, recomenda-se que depois de aberto, um pote de mel seja consumido em no máximo 3 dias.

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escritora inglesa Eva Crane registrou em seu livro (“O livro do mel”) que potes de mel com conteúdos intactos foram encontrados em escavações nas tumbas egípcias, construídas há cerca de 3 400 anos, em condições totalmente favoráveis para tal.

 Para chegar à perfeição as abelhas, usam os seguintes processos para retirada da umidade do produto:

 1. Tudo começa quando as abelhas coletoras extraem das plantas sua matéria-prima, o néctar, uma solução açucarada produzida pelas flores. Os insetos guardam a substância em seu papo e a levam para a colmeia.

 2. De volta ao lar, as abelhas coletoras passam o néctar para as abelhas receptoras. https://diariodebiologia.com/

 3. Em seguida, as abelhas despejam gotículas de néctar semi-secas em favos que continuam recebendo a corrente de vento das abelhas. Nessa etapa, depois da adição de enzimas secretadas põe elas, a mistura já começa a ter características bem próximas das do mel comercial

 4. Quando a solução já está bem seca, as abelhas fecham as células de mel com uma fina camada de cera, formando o chamado mel “maduro”. As células que permanecem abertas contêm o mel “verde”, que ainda precisa ser desidratado até que mais água evapore.

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As abelhas retiram quase toda umidade do mel, por isso ele é super resistente!

Fonte: Mundo Estranho