Por que temos que usar gesso quando quebramos algum osso?

“Karlla, primeiramente, meus parabéns pelo blog, é maravilhoso! Minha dúvida é: Porque temos que usar gesso quando quebramos algum osso?” Isaac. 14 anos.

“Adoro ler o Diário de Biologia. Queria saber por que a gente usa gesso quando quebra alguma parte do corpo.” Gustavo

 Isaac e Gustavo, obrigada pelo carinho. Veja bem, nossos ossos tem várias funções, mas as principais são sustentação do corpo, realização de movimentos, proteção dos órgãos e produção de elementos celulares do sangue. Como qualquer tecido vivo os ossos estão em constante regeneração. Eles possuem em seu centro uma parte macia, chamada medula, a grande responsável pela produção das células do sangue, os glóbulos brancos e vermelhos. Além disso, minerais como o cálcio e fósforo são combinados de uma forma cristalizada em uma estrutura com padrão única de tiras em diagonal que permite suportar grandes pesos. Por isso, não é tão fácil assim quebrar um osso.

Mas quando sofremos fraturas, além da dor, todas as funções ósseas ficam comprometidas. Mas ao mesmo tempo em que a fratura acontece, nosso organismo já começa um trabalho natural de regeneração. Os fragmentos do osso quebrado são “digeridos” por células ósseas chamadas osteoclastos. Quando elas terminam sua tarefa, abandonam o meio para que os osteoblastos, outra família celular, reconstituam as porções de osso danificadas.

É muito importante que durante o processo de regeneração os movimentos dos ossos sejam controlados. Se a restauração está sendo feita, mover a região afetada pode causar mais danos nas regiões vizinhas do osso e atrapalhar seriamente o processo. Existem vasos sanguíneos, nervos e outros tecidos que rodeiam os ossos e que podem ser danificados nestes casos. Por isso, os gessos são colocados. Eles limitam muito o movimento e cuidam para que as células de regeneração possam trabalhar sossegadas. Além disso, a maioria das fraturas pode ser restaurada com sucesso se as pontas ósseas forem reposicionadas e imobilizadas enquanto cicatrizam.

 

FONTE: Instituto de Ortopedia e Fisioterapia