Por que o exame de próstata tem que ser por toque retal?

“Exame de próstata deve ser muito constrangedor. Por que tem que ser pelo exame de toque? Tem outra forma de fazer o exame?” André Trevisan – PR

Realmente o toque retal não tem nada de animador. Bem, a próstata é uma glândula masculina localizada entre a bexiga e o reto. Ela envolve a porção inicial da uretra e participa do processo de produção do sêmen, aquele líquido que carrega os espermatozóides produzidos no testículo. É responsável pela secreção de fluidos e enzimas de um terço do líquido seminal eliminado durante a ejaculação.

Normalmente a próstata possui o tamanho aproximado de uma noz e é composta por diversos tipos diferentes de células. Como essa glândula está localizada em frente ao reto, o médico pode facilmente avaliar os contornos da glândula pelo toque retal. Em uma condição normal, a próstata é lisa e firme, mas nunca endurecida. Caso seja percebido algum aumento no tamanho ou a presença de endurecimento ou nódulos é sinal de que algo pode estar errado. É por isso que o urologista sempre vai pedir este exame como forma de prevenção e caso alguma alteração seja percebida, dois outros exames ainda podem ser feitos antes de ser dado o diagnóstico de um possível câncer.

Além do toque retal, a ultra-sonografia transretal e o PSA (Antígeno Prostático-Específico) também podem ajudar no diagnóstico. Na ultra, o transdutor é introduzido no reto do paciente através do ânus, e assim, a próstata é visualizada para se detectar alterações de tamanho ou forma. O PSA é um exame de sangue que mede níveis de uma substância relacionada a alterações presentes na próstata. Na maioria das vezes, quando muito aumentado, significa que houve uma alteração maligna das células dessa glândula. No entanto, nem sempre altos níveis de PSA indicam problemas com a próstata. Recentemente, vem sendo desenvolvido um novo teste de urina que pode ajudar no diagnóstico do câncer de próstata, que você ler AQUI.

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Não se sabe qual o mecanismo que leva as células glandulares da próstata a sofrerem uma malignização. No entanto, o homem com histórico familiar e os negros têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença.

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