“Minha dúvida é sobre os efeitos do cogumelo alucinógeno, como o Psilocybe cubensis no cérebro? Aproveito para dizer que seu blog é fantástico” Marcelo
Olá Marcelo, os cogumelos alucinógenos em geral, afetam nosso cérebro de forma poderosa, as toxinas tomam um caminho que distorcem os nossos cinco sentidos e, com isso mudam as nossas impressões de tempo e espaço. Psilocybe é um gênero de pequenos cogumelos de ocorrência em todo mundo. Este gênero é conhecido por suas espécies com propriedades psicodélicas ou alucinógenas e por isso, são conhecidos como ” cogumelos mágicos “. A psilocina e psilocibina são os compostos alucinógenos em muitas espécies no gênero.
A psilocina é quimicamente semelhantes à serotonina (uma molécula presente no nosso corpo envolvida na comunicação entre neurônios) e ao LSD (uma das mais potentes substâncias alucinógenas). Podem provocar euforia, náusea, sonolência, visão obscura, pupilas dilatadas, aumento de percepção de cores, de contornos, formas e imagens. Outra reação comum é a impossibilidade de diferenciar a realidade da ilusão.
Nosso cérebro controla toda nossa percepção. Para a comunicação dele com o resto do corpo, contamos com ajuda de mensageiros químicos (neurotransmissores) que de um neurônio para outro vão levando as informações numa velocidade surpreendente. O sistema de comunicação pode ser perturbado por substâncias químicas, como aquelas encontradas nos cogumelos alucinógenos e o resultado é uma mudança considerável de como a pessoa percebe o mundo ao seu redor.
Psilocina, o metabólito ativo da psilocibina, atua pela interação com os neurotransmissores dos neurônios onde consegue de alguma forma, imitar a ação da serotonina (5-HT) e distorcer a comunicação entre os neurônios. Como o LSD a psilocibina possui uma tolerância cruzada. Assim, depois de tomar uma dessas substâncias, o cérebro rapidamente desenvolve uma tolerância a ela, e tomando outra dose o organismo vai exigir mais do que o normal para alcançar os efeitos desejados. Na medicina, a Psilocibina tem sido estudada como tratamento em pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo.
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