Como se forma a cera de ouvido?

O nosso canal auditivo, aquela porção que fica logo após a orelha (pavilhão auditivo) impede que o ouvido interno (onde ficam todas as partes responsáveis por perceber os sons) seja danificado, protegendo-o de poeiras, insetos e da introdução de objetos estranhos. É aí que a cera do ouvido é importante!

Esse canal auditivo está coberto de pelos finos e de cerca de 4000 glândulas responsáveis pela produção do cerúmen, a tão conhecida “cera de ouvido”, que nada mais é do que uma secreção de cera produzida pelas glândulas sebáceas que se encontram situadas neste canal auditivo externo. A cera é produzida em pequenas quantidades, e sai espontaneamente.

Uma coisa que poucas pessoas sabem, é que assim como o resto da pele do nosso corpo, a pele do nosso ouvido também passa por um processo de renovação. Quando chega o momento de se livrar das células epiteliais mortas, as células simplesmente caem. No entanto, nosso ouvido, possui uma menor oportunidade para elas serem dispensadas. Com isso, essas células descamadas vão se acumulando em camadas no canal auditivo, e se tornam, mais tarde, 60% do peso total da cera do ouvido que produzimos.

Fora as células epiteliais, a cera também contém lisozima, uma enzima antibacteriana capaz de destruir parede celular das bactérias, por causa do seu pH levemente ácido, também possui ação antimicrobiana diminuindo o risco de infecção do canal auditivo externo. Sua natureza pegajosa também é uma barreira para objetos estranhos, prevenindo contato direto com diversos organismos, poluentes.

Por causa das suas funções, é importante não retirar completamente a cera do ouvido, isso ajuda a prevenir doenças no canal auditivo!