De longe ela lembra uma imagem de Cristo na cruz. De perto e se não tivesse asas, lembraria uma sereia graças ao “pompom” que parece um “pompom” de torcida. É laranja e tem farpas prateadas com brilho prateado. Ela mexe o abdome como que chamando atenção para a cauda (acredito que seja um mecanismo de defesa para enganar predadores). Quando ela “dorme” ou não há perigo, esse “pom pom” alaranjado se fecha. Alguém sabe dizer se há registros dessa espécie? – Max Hazy
Sim Max, esta espécie já é registrada. Trata-se de uma mariposa da família Pyralidae. O nome científico é Diaphania indica e esta é uma das principais pragas de uma família de plantas chamada de cucubitaceae (pepino, melão, abóbora, algodão, etc…). Suas larvas são conhecidas como “lagarta do algodão” e “lagarta da abóbora”, pois são sempre encontradas se alimentando das folhas destes vegetais.
Por causa deste hábito comilão das lagartas, esta espécie costuma causar uma grande dor de cabeça nos agricultores sendo apontada como uma verdadeira praga das plantações. As fêmeas fazem postura dos ovos (de 2-6) para uma incubação que dura de 3 a 4 dias. A fase larval dura cerca de 14 dias se alimentando das folhas jovens e dos brotos de de curcubitácea que veem pela frente. As larvas são verdes e possuem duas listras brancas subdorsais que geralmente desaparecem pouco antes de empupar. Nesta fase a lagarta deixa a planta e geralmente se enterram para a fase de pupa.
Os adultos são lindões (veja foto), possuem asas brancas translúcidas com as bordas castanhas escuro. O mais interessante é aquele par de “pompom” alaranjado na parte posterior do abdômen. Nas fêmeas ele é mais desenvolvido e mais denso.