Como as lagartas viram casulos?

“Há algum tempo venho visitando seu blog, que é muito bom. A lagarta, pelo que eu pude observar ‘se faz casulo’ . Isto acontece em todas as espécies, ou este é um caso especial.” FELIPE CASTRO

Pois é Felipe, realmente o vídeo é incrível! As lagartas passam a maior parte da sua vida devorando folhas. Quando chega a hora de se tornarem adultas, é o momento de formarem seus casulos para completar o desenvolvimento. Isto acontece com todas as borboletas, mariposas e vários outros insetos sempre que eles chegam em seu útlimo estágio como larva. Em todas as lagartas, a metamorfose acontece dentro de uma estrutura protetora conhecida como uma crisálida, mas ocorre de forma diferente variando de espécie para espécie.

A pele das lagartas são muito resistentes, funcionam como uma capa protetora que precisa ser trocada sempre que ela precisa de espaço para crescer. As lagartas possuem um crescimento tão acelerado que seriam impossível a pele esticar na mesma proporção. Essa “troca de roupa” acontece várias vezes e em cada muda, inicia uma fase diferente no desenvolvimento (um novo ínstar).

A lagarta monarca (mostrada no vídeo) tece uma almofadinha de seda na parte inferior de um ramo ou galho, ela então utiliza uma estrutura traseira como um gancho, chamada de cremáster para se prender na almofada de seda. Ela então, pendurada de cabeça para baixo, gira o corpo várias vezes para frimar o cremáster na seda. A lagarta começa a soltar sua pele pela útlima vez revelendo a crisálida. A crisálida não é um casulo. Geralmente os casulos são construídos pelas lagartas de mariposas que utilizam seda disfarçada com folhas e detritos, para proteger suas crisálidas. A crisálida (ou pupa) é o corpo que a lagarta revela quando se libera sua pele pelo última vez, é o que vimos no vídeo bem verdinho.

Existem várias estatégias das espécies para passarem por esse processo. Em vez de pendurados de cabeça para baixo, algumas ficam suspensas pelo cremáster e por um fio de seda enrolado à sua volta presa em um galho de árvore para apoiar-se. Outros tecem uma rede de seda de apoio à sua crisálida. Alguns se enterram no solo. Não importa como tudo acontece, o fato é que todas as espécies permacem ali, paradinhas por fora, mas passando por uma intensa reciclagem por dentro, elas são literalmente desmanchadas e refeitas em poucos dias. O que acontece dentro de uma crisálida? Bom, isso é assunto para outro post.

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Crisálida de Papilio machaon sustentada por um fio de seda lateral.
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Enterrada no solo.
Capullo
Suspensa pelo cremáster!
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Casulo de Ctenucha virginica preso em uma folha, protegido por seda..

FONTE: howstuffworks, azeitagis